No mundo dos bloggers

Li por aqui, uma perspectiva sobre os blogs e os seus autores.

Eu passo muito tempo em frente ao computador, trabalho diante de um, sigo muitos dos meus amigos que estão longe diante de um, descubro muita coisa (infelizmente para a minha carteira) diante de um, extravaso muito dos meus sentimentos diante de um.

Eu sou uma apologista dos diários, não sou do género certinha de ter um mas há muita coisa que não pode ser dita, muito sentimento que não podemos ter, muitas contradições que sentimos e muita coisa que não se pode partilhar com os outros. Por isso se escrever, se derramar para o papel para não explodir, no caso do blogs encaro-os como uns diários modernos onde podemos fazer cópias/colas, referências e partilhar aos outros mesmo que não saibam quem somos.

Neste blog não tenho qualquer tipo de problema em dizer quem sou, o que faço (apesar de eu não saber muito bem), de onde venho e porque o faço, na imagem tenho a minha gata, pois não acho que uma imagem minha seja necessária, muitas vezes reduz o que nós somos a essa imagem.

Na realidade o que interessa se sou gira ou não, gorda ou magra para mostrar as peripécias da minha gata e a minha loucura actual por passatempos? Acho que nada.

Muitas vezes essa imagem restringe (há muita gente por aí que se deveria esconder atrás de um cartoon ou de um animal de estimação -medo MUITO medo!), traz preconceitos ao de cima, limita o que nós somos. Se a Internet traz muita coisa má, também traz muita coisa boa, como seja partilhar as maiores parvoíces ou os maiores segredos, podermos contar as coisas mesmo que ninguém nos ouve (adoro o twitter por isso mesmo), que ninguém se interesse mas que está registado nessa rede imensa, e que poderá no meio de tanta gente encontrar alguém que pense o mesmo.

Estamos ligados sempre... Tendo em conta a nossa imagem ou não.